Começando uma transformação!

Quando estava no "olho do furacão" foi difícil olhar para mim mesma e reconhecer que eu precisava de socorro.
Além do meu coração, que estava partido,eu me olhava no espelho e não conseguia me ver.
Até que comecei a cuidar de mim...a me alimentar melhor, a me exercitar e dedicar boa parte do meu tempo em ser feliz.
Comecei com spinning e musculação - cansei e logo comecei no boxe... até cansar de novo e voltar ao ponto de partida.
Comecei a fazer caminhadas e quando vi ,já  estava caminhando toda a  Lagoa ou do Leblon até o Leme numa boa.Isso pra mim era um desafio que precisava ser vencido.
Todo dia eu travo uma batalha para me levantar e ir me exercitar.
Por meses lutei e eliminei 22 kg - agora, na semana do carnaval, ganhei 4 de presente.
Aí bate a depressão, o desanimo...

Descobri que não posso mudar minha rotina em função dos feriados que virão... se não...

Aprenda!

Quando a gente ama é preciso ter paciência e aprender a respeitar que a outra pessoa é diferente de você.
Não podemos querer mudar a outra pessoa,temos que mudar nossos erros.
Uma mudança de verdade só acontece quando ela ocorre primeiro dentro de nós mesmos.
Não abandonamos o outro no primeiro ou no centésimos problema... lutamos por quem amamos!

Aprenda (...)

Mudanças...

"Você tem que ser o espelho da mudança que 
está propondo. Se eu quero mudar o mundo, tenho que começar por mim."
Gandhi

Resgate de um coração partido...

Quando eu entrei em crise no meu casamento, eu vi o meu mundo ruir.

Sou completamente apaixonada pelo meu marido e fiquei com medo e  desesperada com a possibilidade da minha minha história de amor ter fim...

Eu queria lutar pela minha história de amor.

Mas eu não conseguia agir... eu só conseguia chorar.

Com meu coração estraçalhado, sabia que eu precisava lutar, tentar - mas não conseguia me mover.

O tempo foi passando e as coisas piorando...algumas pessoas percebiam que havia algo errado comigo, mas eu não conseguia nem falar sobre o assunto.

Até que vem alguém em seu socorro e lhe joga uma corda.

A minha amiga que veio em meu socorro, só saberá agora, através do meu blog, que me salvou de mim mesma e me fez acordar pra vida com um filme que tocou o  meu coração.

Eu achava que só o meu marido estava errado. Eu era egoísta demais  e não percebia que se eu quisesse mesmo  que alguma coisa mudasse, eu deveria começar por mim mesma e não tentar mudá-lo. 

A mudança tinha que ser individual.

Jamais devemos tentar moldar alguém com base nas nossas expectativas.

A partir do momento que fui mudando o que eu sentia que estava errado em mim, ele também foi mudando - sem que eu cobrasse ou exigisse qualquer coisa dele.

As coisas começaram a fluir...

Como já mencionei antes, há 8 meses eu estou nesse processo de transformação.

Estou feliz e fazendo a minha parte - e ele acaba fazendo a dele naturalmente.

" O casamento é uma dança que se aperfeiçoa com o tempo". 

Continuação...

Mesmo que haja dias em que eu não consiga ficar bem, aprendi a afastar de mim tudo que me faz mal.
Aprendi que se eu deixar, a dor vai me dominar e eu  irei descontar nas pessoas que eu amo e na comida.
É difícil aprender a "peneirar" apenas o que vai acrescentar alguma coisa a sua vida...muito difícil mesmo, nem sempre eu consigo.
Muitas coisas que deveriam ser esquecidas, são constantemente trazidas à tona e quando a peneira não funciona, eu hoje consigo ser forte o suficiente para não deixar que aquele "grão errado" estregue o meu dia.
Chegar  até aqui, passando por tudo que passei,fez de mim uma pessoa muito mais forte.
"O que não me destrói me fortalece" - li isso em algum lugar e é verdade.
Todos os dias eu pedia a Deus uma direção, uma forma de passar por isso tudo e sair ilesa.
Deus é bom e hoje estou aqui,escrevendo sobre o que passei e inteira.Sem chorar e com as feridas cicatrizadas.
A dor deu lugar para uma força que eu não conhecia.
A minha obesidade aos poucos vai dando espaço para uma pessoa mais saudável e feliz.
A minha busca por uma recuperação plena está só no começo...

Continuando...

Uma vez no chão, é difícil reerguer-se...
Mas depois de um tempo, eu começo a me levantar e então, surge uma crise séria no meu casamento.
Começo então a  me questionar se meu casamento está em crise porque estou mal ou se eu estou mal porque o casamento está em crise. As coisas vão de mal a pior por 2 meses seguidos...
Durante dois meses eu só chorei, me entupi de comida e cuidei da minha filha.
Foram dois meses longos, difíceis... isso tudo na época em que minha filha completava 7 anos.Não assimilei a nova idade dela... estava infeliz demais. 
Me tornei uma pessoa triste (logo eu que sempre fui alegre e brincalhona). Nesse momento, uma amiga me empresta um filme: A PROVA DE FOGO.
Chegou um momento em que eu dei um basta e decidi que por pior que fosse o momento, eu merecia ser feliz de novo.
Decidi colocar o filme em prática e comecei a fazer o "Desafio de amar".
Me matriculei numa academia, voltei a me cuidar, me alimentar de uma forma saudável e as outras coisas foram fluindo naturalmente.
Abandonei hábitos que faziam mal ao meu casamento, me tornei uma pessoa menos ranzinza e mais paciente.
Aprendi que amor não é sufocar e sim respeitar.
Notei que quanto mais eu ficava bem comigo mesma, mais feliz se tornava o meu casamento.
Fizemos uma viagem para comemorar nossos 11 anos juntos e a minha nova fase.
Há 8 meses acordo todos os dias e tomo a decisão de ficar bem e amar o meu marido.
"Amor é uma decisão diária".
Tem dia que eu não consigo ficar bem...

Começo difícil

Desde pequena, sempre fui gordinha... meus pais não ligaram para o meu peso.
Quando cheguei a adolescência, meu pai ficou doente,teve câncer. 
Posso dizer que todos na minha família adoeceram com ele, porque ficamos envolvidos e lutando pela sua recuperação.
Com tudo isso, passei do meu peso para uma obesidade mórbida, quase 100 quilos.
Pouco tempo depois eu casei e fui aumentando cada vez mais de peso...até chegar ao extremo de pesar 137 kg com a gravidez da minha filha. Tive uma gravidez difícil, com hipertensão e com risco de sobrevivência de apenas uma de nós duas .
Mas graças a Deus, nós duas saímos com vida da sala de parto.
Com o nascimento da minha filha, reduzi muito o meu peso, mas ainda tinha 3 dígitos.
Pouco tempo depois, lá estava eu com mais de 120 kg de novo...
Numa batalha de exercícios e dieta, eu perdia apenas 2 - 3 Kg. Como isso me detonava!
Um clinico num exame de rotina, descobriu um problema na tireoide.
Deu início então a  mais uma batalha: exames, constatação do nódulo, cirurgia, biópsia (benigno) e tratamento.
Me indicaram uma médica e eu fui sem esperança nenhuma, porque a vida inteira fui a nutricionistas, endrocnologistas e ninguém descobria a minha dificuldade de perder peso. Até conhecer essa médica em questão.Ela é atenciosa, gentil, solidária e graças a ela, a minha luta tem sido um pouco menos dolorosa.
É frustante a reposição hormonal...ficar ajustando doses e não ver resultados. Meus cabelos caíram ( e ainda caem) consideravelmente e isso foi deixando cada vez pior...
Minhas unhas fracas...
Começaram a  aparecer problemas repetitivos na minha pele...
E a frustração me jogou no chão...

Os primeiros passos...

Mudanças nem sempre são fáceis. 

Colocar em prática a decisão que era preciso mudar, foi uma transformação dolorosa.

Eu não aceitava que era preciso mudar.

De repente tenho que passar a me colocar em primeiro lugar?

Eu me culpava por essa decisão porque achava que estava sendo egoísta.

E minha filha? E meu marido? E meu trabalho??E minha família??

Por algumas semanas me arrastei no meu propósito com medo dos julgamentos.

Mas encontrei apoio no meu marido e percebi que não era egoísmo, era amadurecimento.

Decidi que eu preciso fazer por mim e depois fazer para os outros.

O apoio do Marcio me trouxe até aqui.

Porque é um desafio se amar em primeiro lugar...

Amar-se é um desafio muito maior do que oferecer amor ao próximo. 

Passei anos e anos amando intensamente muitas pessoas que fazem parte da minha vida...mas esqueci que para oferecer amor, eu tenho que ter muito amor dentro de mim. 

E eu tenho, mas esqueci de me incluir na lista de "pessoas amadas".

Por vários anos negligenciei a mim mesma  e mais tarde percebi o quanto isso me afetou. Ninguém imagina o quanto foi  difícil e até mesmo doloroso pra mim ,perceber que eu me deixei  "em segundo plano". 

Antes tarde do que nunca, há 10 meses aprendi o quanto é bom se amar em primeiro lugar... e como fica mais saudável o amor que oferecemos às outras pessoas quando estamos "nos amando primeiro".

Essa sou eu! Feliz, no sentindo amplo da palavra.